5 de julho de 2009

Amor que voa
Osvaldo Fernandes

Voas.
As líricas nuvens te fitam.
Ensaiam palmas pelo bater das asas.

Voejas.
Impõe-te na imensidão do não-manifesto.
E ao acaso, encontra tua casa.

És-me encovado amor.
Flutuante.
Esvoaçante; esvaeces a dor.

Quando então em névoa
sAprende: d'uma tempestade sempre passarás.
És ''eu-passarinho.''

2 de julho de 2009

Nada sei.





Uma interrogação, um sim um não!
A lua, incerta, com suas faces, uma hora minguante, outras cheia, as vezes linda,
outras, impercebível, encoberta pela imensidão das densas nuvens.
Em momentos verão, quente e convidativo, em outros o inverno, atraente e sedutor. Aquele que necessita, que pede, que aproxima.
Horrível é o inverno na solidão!
Ó mas quão bela é essa ausência, poder viver consigo num vazio de infinitas impossibilidades,
tudo contraditório sem sentido.

É musica sem cor, chuva sem água, beijo sem amor.
É tudo distante, intocável, inconstante.
São sonhos! Sonhos de uma noite de verão.
Insanos, desprezíveis, lindos, românticos ...
São ideias fora de ordem, que misturam-se com o nada.
Uma bola de incertezas, de dores, duvidas confusas de uma certeza incerta.
É assim que vivo, sem saber quem sou! INstável