2 de outubro de 2009

MoMentÃneOw!


Pela primeira vez sinto-me livre, livre para mim.
Para minhas vontades, meus lugares, meus passos.

Pela primeira vez sinto-me livre, livre das correntes ... das correntes do gosto alheio.
Tanto faz o brega o cafona, o esporte ou o chique.

Vou comprar um tênis que me deixe confortável, ao invés de um scarpin mega apertado, apenas para agradar.
Agradar aos olhos, olhos alheios...

Olhares estes que me engrandeciam ao ego, que se voltavam para o que lhes era tentador.
Que os fazia pecar sem que nem mesmo percebessem.

Que as mascaras e fantasias caiam, deixo-as aos palhaços, em seu jogo de encanto e ilusão.

Procuro olhos sinceros, olhos que busquem por através dos meus, que busque mais que uma bela roupa, que um amontoado de ossos.

Espero por um AMOR puro e incontestável...

"... que seja sofredor, benigno; que não seja invejoso; não trate com levianidade, não se ensoberbeça. Que não se porte com indecência, não busque seus interesses, não se irrite e nem suspeite mal...
Um amor.
...que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta..." I CO 13

30 de agosto de 2009

Ossa!



Estou inconformada com tudo isso.
Odeio ter de crescer, queria poder voltar no tempo, quando ainda tinha meus 10 anos.
Como era bom aquele tempo, eu diferente das outras crianças, nunca quis crescer. Era tão bom poder passar o dia correndo entre as arvores, andar de Patins no pavilhão da ervateira.
Nunca fui uma criança de muitos amigos, era uma menina nanica gordinha e bastante envergonhada, mas os poucos que tinha me eram suficiente, brincavamos todos os dias. Nem bem chegavamos da escola já iam todos lá pra casa pra inventar uma brincadeira nova.
COmo sinto falta disso tudo, até mesmo dos machucados das brigas por quem ia ou não ia contar, quem havia, ou não batido o 31.
Para nós correr entre as arvores e galhos era como participar de uma corrida com obstaculos, apesar de que deixavamos em muitas das vezes pedaços dos dedos e perna nos galhos, mais a dor era passageira, logo tudo era brincadeira novamente.
Hoje enquanto passava por um menino solitário na rua, senti ainda mais viva essa vontade.
E ainda mais inconformada.
Aonde estão nossas crianças!? Já não as vejo mais brincando, estão nas danceterias, nos bares, nas festas...
Oque aconteceu com a beleza da infância.
Pertimitimos que elas fossem tomadas por essa sociedade ipócrita, onde a roupa que você veste conta mais que seu carater.
Esquecemos de ensina-las o temor, o amor, o respeito.
Pelo que da para perceber os princípios estão fora de moda no momento.
Porque já nem mais ouvimos falar de tais.
Pais, não tenham medo de seus filhos cairem enquanto brincam, existem tombos muito maiores, em que as feridas não são externas mas doem muito mais!


Eclesiastes 3:1 " Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o próposito debaixo do céu."


17 de agosto de 2009

Da minha conversão..



Sentia-me só, diante de dezenas de pessoas.
Nada me era suficiente.
Tinha sede, sede de algo que não sabia oque era.
Provei do álcool alucinante do proibido, uma tequila, um whiskey
ou uma vodka quem sabe.
Todos atraente e igualmente pecaminosos.
Os quais entorpeceram-me por algumas horas, mas em que ao passar de
seus efeitos, traziam-me o gosto amargo do pecado, e da insatisfação.
Por que ainda assim, algo faltava-me à alma.
Provei do sangue dos inocentes.
Zombei-os por hora.
Ri-me com os demais que ali estavam que não estavam que me faltavam ...
Senti-me no topo. Até cair sem ninguém para me levantar.
Pirei, dancei, gritei.
Busquei a beleza e encontrei um imenso vazio.
Fiz de minha vida uma orquestra mal ensaiada.
De notas desordenadas, perdidas entre a batida alucinada das noites.
Quanto mais eu buscava, mais distante estava,
e um nada incomensurável se entranhava em meu peito,
em minha mente.
Mais eu sentia que estava viva, que alguém me chamava.
Minha alma clamava, gritava, implorava sangrava ...


Rompi as barreiras de meus PRÉ - conceitos, esqueci-me da sociedade.
E fui levada a Ele.
Senti-me como nunca antes.
Sua forte presença entorpeceu-me de alegria.
Era como se alguém em meu ombro tocasse.
E com uma voz doce pintada de azul dissesse:
"Eras eu quem a chamavas, tu precisas de mim e eu de ti"


Senti o céu, senti o mar, vivi a paz em Deus.
E ainda quero viver muito mais .
Nem tudo que sai da boca do homem por mais que vindo da
Bíblia é 100% correto, são varias as formas de interpreta-lá.
Irei aprender, ouvir, separar o joio do trigo.
Mais minha fé é incondicional.


Minha'lma repousa agora.
Ainda assim minha sede de conhecer é constante.
Sinto-me como uma criança descobrindo o quanto pode
ser bom viver.





5 de julho de 2009

Amor que voa
Osvaldo Fernandes

Voas.
As líricas nuvens te fitam.
Ensaiam palmas pelo bater das asas.

Voejas.
Impõe-te na imensidão do não-manifesto.
E ao acaso, encontra tua casa.

És-me encovado amor.
Flutuante.
Esvoaçante; esvaeces a dor.

Quando então em névoa
sAprende: d'uma tempestade sempre passarás.
És ''eu-passarinho.''

2 de julho de 2009

Nada sei.





Uma interrogação, um sim um não!
A lua, incerta, com suas faces, uma hora minguante, outras cheia, as vezes linda,
outras, impercebível, encoberta pela imensidão das densas nuvens.
Em momentos verão, quente e convidativo, em outros o inverno, atraente e sedutor. Aquele que necessita, que pede, que aproxima.
Horrível é o inverno na solidão!
Ó mas quão bela é essa ausência, poder viver consigo num vazio de infinitas impossibilidades,
tudo contraditório sem sentido.

É musica sem cor, chuva sem água, beijo sem amor.
É tudo distante, intocável, inconstante.
São sonhos! Sonhos de uma noite de verão.
Insanos, desprezíveis, lindos, românticos ...
São ideias fora de ordem, que misturam-se com o nada.
Uma bola de incertezas, de dores, duvidas confusas de uma certeza incerta.
É assim que vivo, sem saber quem sou! INstável